Entrevista: Jairo Lima
outubro 20, 2021
Em seu primeiro romance, "Desventuras de Zé Doca", Jairo Lima nos traz uma história que confronta os valores morais de uma sociedade estagnada, com um humor sarcástico e uma inteligência delirante.
A simplicidade dos personagens, as situações fora do comum que vão desde amores platônicos até a exploração de Petróleo e as cenas bizarras fazem de "Desventuras de Zé Doca" muito mais do que um simples romance.
Assim como seu protagonista, Jairo é nordestino e passou grande parte de sua vida se aventurando pelo interior do Piauí. Através de uma bagagem repleta de conhecimentos sobre a vida dos sertanejos, seu livro foi nascendo.
Então, para entendermos um pouquinho melhor sobre sua trajetória e suas principais motivações, o convidamos para uma entrevista exclusiva.
Confira a seguir:
1) Primeiro, nos conte um pouco sobre você. Qual foi a sua trajetória até se tornar escritor?
Desde muito cedo me interessei pelas mais diversas manifestações artísticas. Ainda na adolescência passei a desenhar e tocar instrumentos musicais, ainda que amadoramente.
Quando comecei a faculdade acabei deixando de desenhar. Foi quando surgiu a paixão por escrever. Já experimentei de muita coisa, tendo escrito poemas, poesias, contos, peça de teatro e artigos jurídicos.
2) Como foi que surgiu a sua ideia de escrever “Desventuras de Zé Doca”? Qual foi o percurso até ele finalmente ser publicado?
A ideia embrionária surgiu justamente na época de adolescência, quando ainda desenhava. Eu costumava viajar com meu pai, acompanhando o trabalho dele pelo interior do Piauí e gostava de observar a paisagem, as pessoas, enfim, tudo.
2) Como foi que surgiu a sua ideia de escrever “Desventuras de Zé Doca”? Qual foi o percurso até ele finalmente ser publicado?
A ideia embrionária surgiu justamente na época de adolescência, quando ainda desenhava. Eu costumava viajar com meu pai, acompanhando o trabalho dele pelo interior do Piauí e gostava de observar a paisagem, as pessoas, enfim, tudo.
Naquela época também tive contato com alguns grandes escritores nacionais e internacionais e o interesse por histórias de humor aumentou. Foi aí que tive a ideia de escrever sobre um sujeito muito azarado, mas que, independente das circunstâncias, nunca desistiria.
3) Nos conte um pouco sobre o livro. O que o leitor pode esperar da obra?
É um romance ficcional ambientado no interior do Piauí. O leitor certamente vai se deliciar com reflexões absurdas e que certamente o fará rir. É uma leitura leve, porém consistente. Espero que possa acrescentar algo na bagagem do leitor assíduo.
4) Zé Doca, o protagonista, é um tanto quanto azarado e acaba passando por situações divertidas e um tanto quanto inacreditáveis. Como foi seu processo de criação? Você se inspirou em algum personagem ou pessoa para desenvolve-lo?
Zé Doca é o retrato caricato de muitas pessoas com quem tive contato. Quando criança passava férias na cidade de Ribeira do Piauí, onde meu pai nasceu. Lá pude observar de perto a vida do homem do campo, seus desafios e a forma com que lidam com as dificuldades do dia a dia.
Associado a isso, me chamou atenção as famosas leis de Murphy, de conteúdo notadamente pessimista, e foi ai que concluí: devo escrever sobre alguém que represente esse universo sertanejo de uma forma bem humorada. Alguém que represente o povo brasileiro em sua essência, com sua coragem para encarar os desafios que nos são peculiares. Aí surgiu Zé Doca.
5) O seu livro aborda temas importantes, de uma forma inteligente e sarcástica. De onde veio esse desejo de levantar pautas acerca dos grupos marginalizados?
Fico lisonjeado. Acho que, até mesmo pela minha formação acadêmica (Direito) sempre me interessei pelos assuntos políticos. Não me refiro a política partidária, mas sim aquela que se evidencia a cada dia, a cada tomada de decisão por aqueles que têm a responsabilidade de gerir a coisa pública.
Nessa toada, Zé Doca foi uma oportunidade de fazer uma crítica, ora construtiva, ora criativa e reflexiva acerca do sistema político a que somos submetidos, o que acaba por respingar nas questões sociais, por óbvio. São pautas que devem interessar toda a sociedade, sob pena de repetirmos erros do passado, em uma escala bem maior. Não quero crer nisso...
6) Qual a importância que você atribui para seu livro, perante a representatividade nordestina?
O Nordeste produz muitos escritores talentosos. Não tenho pretensão de me colocar nesta prateleira.
6) Qual a importância que você atribui para seu livro, perante a representatividade nordestina?
O Nordeste produz muitos escritores talentosos. Não tenho pretensão de me colocar nesta prateleira.
Mas, ainda assim, espero que este livro sirva à cabeceira do nosso povo e que sintam que ganharam mais uma voz a clamar por aquilo que nos é mais importante: respeito e igualdade.
7) Por fim, você tem mais projetos para o futuro? Nos conte um pouquinho sobre o que vem por aí.
Claro, o segundo volume de Desventuras de Zé Doca já está em etapa de análise pela Editora Letramento e esperamos publicá-lo em breve. Além disso, espero escrever um livro voltado para o direito processual penal em breve, entre outros projetos.
7) Por fim, você tem mais projetos para o futuro? Nos conte um pouquinho sobre o que vem por aí.
Claro, o segundo volume de Desventuras de Zé Doca já está em etapa de análise pela Editora Letramento e esperamos publicá-lo em breve. Além disso, espero escrever um livro voltado para o direito processual penal em breve, entre outros projetos.
Curtiu conhecer um pouco mais sobre a trajetória de Jairo? Comenta aqui embaixo o que você achou da entrevista <3 E se você tiver se interessado por Desventuras de Zé Doca não deixa de conferir o artigo em que contamos tudo que você precisa saber sobre o livro.
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