O direito pelas mulheres: livros jurídicos com temáticas feministas
setembro 28, 2021Vamos falar um pouco sobre o direito pelo ponto de vista das mulheres?
Há anos, as mulheres vem sendo vítimas de um sistema opressor, que por muitas vezes prioriza a valorização do trabalho advindo do sexo masculino.
O que era para ser um Direito igualitário, acaba se camuflando através de políticas machistas e muitas vezes sem fundamentos.
Com o objetivo de refletirmos sobre a importância do feminismo e sobre o fim do patriarcado, as indicações de hoje são sobre livros jurídicos com temáticas feministas!
Confira a seguir:
1. Manual jurídico feminista
Carolina Valença Ferraz
O livro em questão desafia mulheres e homens de carreira jurídica repensar o Direito a partir da voz, escrita e condição feminina. O silenciamento das mulheres grita fundo dentro de cada uma de nós, por isso é tão importante exercermos nosso local de fala também pela escrita e por uma forma diferente e desafiadora de capaz de repensar os institutos jurídicos sob a ótica da teoria feminista crítica.
2. A justiça é uma mulher negra
Lívia Sant'Anna Vaz e Chiara Ramos
Este é um livro para ser lido e sentido, essencial para quem quer enxergar o mundo sem as lentes impostas pelo colonialismo, racismo e sexismo.
3. O trabalho reprodutivo sob o capital
Clarissa Cecilia
Assim, propõe-se uma reflexão sobre o movimento de “distribuição” dessa força de trabalho ao redor do mundo, obedecendo a uma ordem sul-norte, e oriente-ocidente, com respaldo em mecanismos fornecidos por Estados e organizações supraestatais.
4. Trabalhadoras do Brasil, uni-vos!
Patrícia Maeda
O pensamento crítico de Patrícia Maeda e sua escrita competente estão presentes nesta obra, na qual classe, gênero e raça se articulam na compreensão das opressões cruzadas vivenciadas por expressivo universo da classe trabalhadora.
A força instituinte do Direito e sua importância para o processo de tomada de consciência das pessoas que vivem do trabalho encontram nas narrativas das protagonistas que impulsionaram o movimento feminista no Brasil e dos sujeitos coletivos na arena da constituinte, uma práxis vital, cuja relevância é maior em tempos de desconstrução dos direitos sociais.
As autoras expandiram seus horizontes e outras magistradas entraram no grupo. Elas escreveram sobre a desigualdade de gênero no próprio Poder Judiciário, abordaram as várias formas de violência de gênero, buscaram retirar da invisibilidade a condição da mulher encarcerada, gestante ou mãe, e a relação com a feminização da pobreza, além de refletirem sobre os protocolos internacionais sobre julgar com a perspectiva de gênero.
A partir de suas histórias de vida, tentaram abrir precedentes emancipatórios, como a licença parental, enquanto resistem ao avanço do discurso de ódio e misoginia, dentre outros assuntos.
E aí? Curtiu os livros? Que tal se aprofundar nas pautas feministas e ler agora sobre os 5 Livros para refletir sobre o trabalho doméstico no Brasil?
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