Entrevista: Victoria Cunha
agosto 24, 2021Victoria Cunha nunca quis ser bailarina, bombeira ou veterinária, mas sempre soube que um dia publicaria um livro de romance adolescente. E não foi o que ela fez? Em maio deste ano, ela lançou pela Letramento o seu primeiro livro “O melhor de nós”.
Destinado ao público jovem adulto, a obra é daquele tipo que deixa todo mundo com o coração quentinho! Ela conta a história de Sophia: uma garota de 16 anos, que se torna intercambista e se muda para a Alemanha para fazer um curso intensivo de jornalismo. Porém, os planos de Sophia acabam mudando ao conhecer Liam, um outro intercambista dos Estados Unidos.
Entre adaptações com a cultura alemã, aprendizado de um idioma totalmente diferente e viagens pela Europa, a brasileira Sophia acaba se envolvendo mais do que imagina e vive o melhor ano de sua vida!
E, assim como Sophia, Victoria também viveu um intercâmbio muito especial que serviu de inspiração para a escrita de seu livro. Então, para entendermos um pouquinho melhor sobre os desafios vividos por Victoria, juntamente com suas inspirações e seu processo criativo, a convidamos para uma entrevista exclusiva.
Confira a seguir:
1) Primeiro, nos conte um pouco sobre você. Quem é Victoria? Qual foi a sua trajetória até se tornar, além de tudo, escritora?
Durante o processo de publicação com a editora, eu comentei com o time da Letramento que minha maior dificuldade é falar sobre mim. Me acessar, entender quem eu sou… Acho que por isso gosto tanto de escrever histórias e criar outras pessoas!
Quem sou eu? Uma mulher com muitos sonhos - alguns já realizados, outros ainda na lista, prontos para serem riscados com a caneta. Recentemente uma pessoa, que não me conhece tão bem, disse que sou "muito vivida", e acho que minha trajetória vem daí. Gosto muito de viver: passar o dia no parque, conhecer ruas diferentes, museus, pessoas, países. De tudo um pouco, sabe?
Sou muito curiosa (às vezes até demais!) e pode não parecer, mas eu presto atenção em tudo que me cerca. Por anos eu achei que essa "mania" de observar o mundo inútil, mas hoje enxergo potencial, pois foi assim que consegui escrever o livro. Com a bagagem que levo comigo.
Falei um monte e não falei nada, né? Enfim, sou comunicóloga de formação, designer nos dias úteis, escritora de coração e viciada em fazer carinho em cachorros.
2) Como surgiu a ideia de escrever "O melhor de nós"? Qual foi a trajetória dele até ser finalmente publicado?
As primeiras palavras foram escritas em 2012 (ou 2013? Faz tanto tempo que nem lembro!). E foram, de fato, as primeiras palavras do livro! Comecei a escrever sem muito rumo, só queria colocar alguma coisa para fora. Na época, eu não sabia o que seria, mas sentia que precisava colocar algo para fora. Escrevi o prólogo de uma vez, e só toquei nele novamente em 2020.
Durante esse espação de tempo, fui escrevendo coisas "soltas" por aí e sempre guardando, na esperança de um dia usar para alguma coisa. Quando me vi presa em casa na quarentena do Coronavírus, comecei a reler antigos textos, e foi assim que o livro nasceu. Lembro de uma fase de 2016 em que eu escrevi algumas cenas sem pensar muito na ligação entre elas, então em 2020 eu simplesmente peguei e fui costurando a história.
Agora um fato divertido: quando comecei a escrever, a ideia era que a história inteira se passasse na época do prólogo, com a Sophia em Chicago reencontrando o Liam. Mas, durante a escrita, vi que eu precisava trabalhar mais a juventude deles. Então decidi fazer o livro como um flashback, e o prólogo e epílogo nos dias atuais :)
1) Primeiro, nos conte um pouco sobre você. Quem é Victoria? Qual foi a sua trajetória até se tornar, além de tudo, escritora?
Durante o processo de publicação com a editora, eu comentei com o time da Letramento que minha maior dificuldade é falar sobre mim. Me acessar, entender quem eu sou… Acho que por isso gosto tanto de escrever histórias e criar outras pessoas!
Quem sou eu? Uma mulher com muitos sonhos - alguns já realizados, outros ainda na lista, prontos para serem riscados com a caneta. Recentemente uma pessoa, que não me conhece tão bem, disse que sou "muito vivida", e acho que minha trajetória vem daí. Gosto muito de viver: passar o dia no parque, conhecer ruas diferentes, museus, pessoas, países. De tudo um pouco, sabe?
Sou muito curiosa (às vezes até demais!) e pode não parecer, mas eu presto atenção em tudo que me cerca. Por anos eu achei que essa "mania" de observar o mundo inútil, mas hoje enxergo potencial, pois foi assim que consegui escrever o livro. Com a bagagem que levo comigo.
Falei um monte e não falei nada, né? Enfim, sou comunicóloga de formação, designer nos dias úteis, escritora de coração e viciada em fazer carinho em cachorros.
2) Como surgiu a ideia de escrever "O melhor de nós"? Qual foi a trajetória dele até ser finalmente publicado?
As primeiras palavras foram escritas em 2012 (ou 2013? Faz tanto tempo que nem lembro!). E foram, de fato, as primeiras palavras do livro! Comecei a escrever sem muito rumo, só queria colocar alguma coisa para fora. Na época, eu não sabia o que seria, mas sentia que precisava colocar algo para fora. Escrevi o prólogo de uma vez, e só toquei nele novamente em 2020.
Durante esse espação de tempo, fui escrevendo coisas "soltas" por aí e sempre guardando, na esperança de um dia usar para alguma coisa. Quando me vi presa em casa na quarentena do Coronavírus, comecei a reler antigos textos, e foi assim que o livro nasceu. Lembro de uma fase de 2016 em que eu escrevi algumas cenas sem pensar muito na ligação entre elas, então em 2020 eu simplesmente peguei e fui costurando a história.
Agora um fato divertido: quando comecei a escrever, a ideia era que a história inteira se passasse na época do prólogo, com a Sophia em Chicago reencontrando o Liam. Mas, durante a escrita, vi que eu precisava trabalhar mais a juventude deles. Então decidi fazer o livro como um flashback, e o prólogo e epílogo nos dias atuais :)
3) Conta para a gente um pouco sobre o livro. O que o leitor precisa saber antes de comprá-lo? Haverá continuação?
Acho que a pessoa tem que se entregar, sabe? Como uma amiga que guarda o celular e fica 100% a ouvidos quando alguém precisa desabafar. É um livro que deixa o coração quentinho, como um chocolate quente em uma manhã de inverno. Acho que é isso que as pessoas precisam saber.
E sim! Teremos continuação, e alguns passarinhos me contaram que não será apenas uma continuação, mas uma série de 3 livros 👀
4) Você citou a Paula Pimenta como uma de suas maiores referências para escrever essa história. Você teve outras referências? Pretende se inspirar novamente nela para as continuações?
Tive sim! Cresci lendo muitos livros famosos, sendo a grande maioria de autoras estrangeiras, como a Meg Cabot, Lauren Conrad e Lauren Weisberger. Mas é inevitável, eu sempre me espelho da Paula Pimenta pois foi com "Fazendo Meu Filme" que eu despertei interesse nas duas coisas que eu mais amo: intercâmbios e literatura.
Eu li o primeiro livro da série poucos anos antes de fazer meu primeiro intercâmbio, e me apaixonei pela experiência da Fani. Acho que foi ali que eu soube que eu fui feita para o mundo, sabe? O mundo das viagens, das adaptações, e da escrita também. Admiro muito a forma como ela construiu todo o universo de Fazendo Meu Filme e Minha Vida Fora de Série, até brinco que meu sonho de vida é saber como ela organiza toda a linha do tempo das suas histórias, hahahah.
Como a Paula também é de Belo Horizonte, tive a oportunidade de encontrá-la duas vezes na minha faculdade, quando ela foi dar palestra sobre literatura. Tenho sorte de ter 8 livros autografados e ter dito pessoalmente que ela era uma grande inspiração. Mal posso esperar para entregar a ela meu livro!
5) Sophia, nossa protagonista, se muda para a Alemanha aos 16 anos. Você conhece o país? Como foi o processo para conhecer a cultura de lá?
Conheço e amo de paixão. Assim como ela, eu também me mudei para a Alemanha bem nova, com 15 anos. Porém, fui fazer o tradicional intercâmbio de 1 ano (já programado, rs), e me apaixonei imediatamente pelo país. A Alemanha é fascinante - o povo é muito receptivo, festeiro e gosta muito de aproveitar a cidade e o dia (coisa que eu particularmente AMO!).
Tive experiências incríveis, tanto com intercambistas quanto com alemães, tenho amizades que levo até hoje, e pude revisitar a cidade em que morei em 2016, que foi outra experiência maluca.
Gosto de dizer que existe a Victoria pré-Alemanha e a Victoria pós-Alemanha, porque foi durante esse ano que eu me encontrei. Sorri, chorei, amei, passei raiva, senti saudade, fiz de tudo um pouco!
6) Com o fim do intercâmbio de Sophia, teremos mais referências brasileiras nas próximas histórias?
Estão tentando pegar spoilers dos próximos livros, hein? Hahahah, brincadeiras à parte, a resposta é sim: não só referências brasileiras, mas também americanas e australianas. Acredito que conheceremos mais o lado brasileiro da Sophia nos próximos livros, para entender melhor como foi a vida dela depois do fim do intercâmbio. Isso será essencial para a continuação!
E para dar uma pequena animada aos leitores: penso em trazer o Carnaval brasileiro para a história… O que será que vão achar?
7) O Wes e o Liam acabaram conquistando os corações dos leitores e se tornaram grandes crushes literários. Conta pra gente: qual deles você prefere?
Eu tento mentir para mim mesma dizendo que não tenho um preferido, mas é impossível, ahahah. Não gosto de contar a resposta pois tenho medo dos leitores criarem expectativas ou acharem que a minha resposta ditará o fim da história da Sophia.
Então prefiro não responder com exatidão, mas deixo claro que eu adoraria ter qualquer um dos dois por perto! São amigos incríveis que torcem muito pela Sophia, independente do que aconteça. Os dois têm seus defeitos, é claro, mas alguns são mais perdoáveis que outros :P
8) Por fim, se você pudesse escolher alguns artistas para interpretar os personagens nas telinhas, quais você escolheria?
Meu Deus do céu, nem brinque com meu coraçãozinho! Essa resposta é sempre muito complexa, porque não acho que existam atores que contemplem muito bem os personagens da forma como imaginei.
A Sophia eu enxergo um pouco na Kaya Scodelario, e na Camila Mendes. Coincidentemente, ambas são metade brasileiras, ahahaha.
Kaya:
Camila:
O Liam tem uma referência que aparece no livro: uma mistura do rosto e cabelos do Rafa Vitti com o sorriso e carisma do Dylan O'Brien. Se qualquer um dos dois desse vida ao Liam na televisão, eu ficaria super feliz!
Rafa:
E confesso que estou tendo muita dificuldade de encontrar um ator que represente o Wes… Acho que ele é tão único, que não consigo enxergar em mais ninguém! Mas como tenho que escolher, eu diria que o Austin Butler de cabelos longos seria uma boa opção. Talvez tivesse que escurecer um pouco o tom dos cabelos, mas ele seria um bom Wes. Alto, magro, com uma voz meio rouca e um jeito de falar apaixonante…
Austin:
Já sobre o livro 2: me inspiro muito no Logan Lerman e sua namorada Analuisa como Liam e Sophia adultos nos dias atuais!
Curtiu a entrevista? Comenta aqui embaixo se tiver mais alguma curiosidade sobre "O melhor de nós!" E caso você ainda não tenha adquirido seu exemplar, corre aqui! <3
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