Entrevista: Maria Dinat
fevereiro 24, 2021Maria Dinat é uma fotógrafa que escreve. Há mais de 5 anos compõe foto e texto para o Instagram (@maria.dinat), onde já possui mais de 70 mil seguidores. Agora, reúne sua sensibilidade e olhar apurado em textos de pensamentos soltos, para serem lidos sem pressa.
Escrevo coisas que não sei dizer é o seu livro de estreia e o primeiro da nova coleção da Letramento Alteria, assinada apenas por mulheres e organizada por Marcella Rosa.
Mãe do Joaquim, Amelie e Iolanda, casada com o seu melhor amigo Michel, fotógrafa profissional e professora de fotografia, Maria lança sua obra para o mundo com a mesma força que nos traz os quatro elementos como inspiração e combustível de seus textos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre nossa nova autora? Confira a Entrevista:
1) Primeiro, nos conte um pouco sobre você. Quem é Maria? Como você se definiria?
Definir é algo limitante demais.
Gosto de me apresentar como uma caçadora de tempestades, com olhar demorado.
Uma mulher em constante transformação.
2) Como a prosa e a poesia encontram a Maria que você é? Em que momento da sua vida você sentiu que a escrita estava cruzando sua trajetória?
Desde que aprendi a escrever, uso a escrita como válvula de escape.
Gosto de me desafogar nas palavras e encontrar sentido nesse processo.
Escrevo pra entender.
3) De onde surgiu o ímpeto de escrever "Escrevo Coisas que não sei dizer"? Como foi este processo?
A vontade de juntar todos os textos que escrevi ao longo dos anos começou com a rede virtual.
Pessoas compartilhando, encontrando afinidade.
Percebi que as pessoas gostavam de ler minhas legendas gigantes e isso me motivou.
Fui escrevendo cada vez mais e meus textos ganhando novos leitores todos os dias.
Era um sinal. rs
4) O que os leitores podem esperar do livro?
Vão encontrar meus gritos e alegrias, pequenas revoluções de uma mulher procurando paz de espírito.
5) Defina "Escrevo coisas que não sei dizer" em uma palavra.
Mergulho.
6) Na sua obra, é possível observar que os quatro elementos surgem como inspiração e combustível para seus textos. Conta mais um pouco sobre isso para gente?
Sou muito ligada aos quatro elementos para conseguir alinhar o que sinto e penso.
É importante prestar atenção no poder da natureza e como tudo isso se manifesta em nós.
O contato com a água, além de curar muita coisa, ajuda a conduzir melhor os sentimentos.
O ar, que nos mantém vivos, é a calma invisível, quando inspiramos conscientes, tudo melhora.
A terra, firme e palpável, alivia os excessos, nos ajuda a criar raízes.
O fogo é a parte visceral, a faísca é o que falta para a realização dos nossos projetos.
7) Como escrever sobre as coisas que você não consegue dizer? É uma espécie de terapia?
Hahaha pode ser!
Escrevo para entender, logo escrevo coisas que não sei dizer.
Quando leio meus textos em voz alta depois, tudo começa a fazer sentido pra mim.
Recomendo! hahaha
8) Hoje, você tem uma comunidade muito bacana nas redes sociais com cerca de 70 mil seguidores. Como tudo começou por lá?
De uma maneira tímida como todos desde 2013.
Eu tenho uma grande vantagem nessas redes, sei chamar atenção das pessoas com fotografias.
E isso é um grande artifício para aumentar seguidores.
Uma fotografia chama atenção, e se a legenda dessa foto faz sentido pra quem lê, esses seguidores aumentam ainda mais.
Pessoas se conectam com pessoas.
9) Quem são suas maiores influências literárias? Quais leituras foram fundamentais para você?
Eu gosto de ler e me sentir amiga de quem escreve.
Amo ler Rosa Montero, João Carrascoza, Gregório Duvivier, Hilda Hilst.
10) Por fim, você tem mais projetos para o futuro? Gostaria de escrever a história de outra pessoa ou pensa em projetos diferentes?
Penso todos os dias, criar histórias é mágico!
Preciso viver essa experiência de conduzir o leitor para outra realidade. Espero conseguir em breve, vocês da Letramento serão os primeiros a saber hahahaha
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