Entrevista: Gustavo Abreu

agosto 31, 2020

Esse mês de agosto completamos 7 anos de existência. 7 anos de dedicação trabalhando com o que mais amamos: histórias <3

O Grupo Editorial Letramento foi fundado em 2013 com o sonho de lançar novos autores, publicar histórias apaixonantes e apoiar ativamente o desenvolvimento social por meio da publicação de livros. Desde nossa criação, defendemos a pluralidade de pensamentos e vivências, prezando por essa transparência em cada livro que publicamos. 

Nós acreditamos que a literatura é uma ferramenta poderosa de conhecimento e mudança e acreditamos também que você faz parte de tudo isso com a gente.
Em comemoração a este mês especial que está acabando, convidamos nosso Diretor Editorial e um dos fundadores do Grupo, Gustavo Abreu, para uma pequena entrevista sobre a trajetória da Letramento nesses 7 anos. 

Gustavo  Abreu tem 34 anos, “19 deles cheirando cada livro novo como se fosse o primeiro”. Depois de passagens pela editora Fórum e pelo Grupo Intera, de cursos preparatórios para vestibulares e concursos públicos, fundou o Grupo Editorial Letramento. Em 2017, Gustavo ganhou o Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livroque procura entre os profissionais do mercado editorial brasileiro aqueles que tenham contribuído de forma relevante e notável para o crescimento da indústria.  

Confira a entrevista:

1. Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional. Como você foi parar no mercado editorial?

Todo mundo que começa a trabalhar com livros tem uma história romântica, bonitinha. A minha passa longe disso. Em 2001, com 15 anos, eu briguei feio com meu pai. E no meio da briga eu disse a ele que a partir daquele momento ele não precisaria pagar mais nada pra mim. 

Precisei cumprir a promessa e fui procurar emprego. Me tornei auxiliar de distribuição de uma editora jurídica de Belo Horizonte. Fiquei lá por 8 anos, saí como coordenador de logística.

2. Quando você percebeu que queria abrir seu próprio negócio e criar sua própria Editora?

Em 2009 eu trabalhava em um dos principais jornais de Belo Horizonte, era da equipe que cuidava da circulação do jornal mais circulado da América Latina no interior do estado. Um cliente antigo da primeira editora me convidou pra um projeto que envolvia a criação de uma nova editora e mais 100 microlivrarias dentro de polos educacionais no Brasil todo. 

Saí do jornal e implantamos 60 livrarias. Em meados de 2010, comecei a dividir meu tempo entre esse projeto e um novo, que envolvia campanhas eleitorais (infelizmente por um contrato de sigilo não posso dizer quais), logo após as campanhas, continuei trabalhando no mesmo escritório de estratégias. 

Trabalhei de domingo a domingo de 7h às 23h45 durante um ano e meio. Quando não dava mais pra conciliar as duas coisas e a saúde cobrou, fui convidado a me tornar sócio dessa editora, que tinha acabado de ser comprada por um grupo educacional. Infelizmente, não era o negocio deles e a diluíram ela em 6 meses.

Foi quando em março de 2013, numa conversa de 6 horas, eu e o Claudio Macedo montamos juntos o que seria o primeiro plano de negócios da Letramento. Que ainda não tinha nome e que tudo levava a crer que seria uma editora infantil.

3. O Grupo Editorial Letramento foi fundado em Agosto de 2013. Qual a história por trás de sua criação? Em parte de sua história surge a Casa do Direito?

Passamos de Março a junho batendo cabeça com as questões burocráticas, nesse meio tempo, vimos que uma editora infantil não era o negócio ideal e sim uma editora mais plural. 

Um dos primeiros livros da Letramento, era um livro jurídico, mas ainda dentro do selo Letramento. E eu vinha de editoras jurídicas. Então, fiz um curso de especialização em edições jurídicas e resolvemos montar o selo Casa do Direito.

4. Como a Letramento procura se diferenciar das outras Editoras? 

Nós não temos medo de publicar temas espinhosos. Procuramos fazer a diferença publicando livros de diversos temas que possam tirar nossos leitores de sua zona de conforto, seja qual for. Nosso propósito é usar a literatura como ferramenta de transformação, conhecimento e mudança. 


5. Em seus 7 anos de história, o que você acha que a Letramento já deixou de legado? 


A Letramento nasceu com o sonho de lançar novos autores e publicar histórias que transformam. Nesses 7 anos publicamos mais de 500 livros, sendo grande parte deles de autores nacionais que surgiram em nossa Temporada de Originais. 


Acredito que nosso legado tenha sido o de dar luz a novas histórias e trazendo temas muitas vezes esquecidos pelo restante do mercado, mas latentes entre os leitores. Existem coisas que precisam ser escritas e assuntos que precisam ser debatidos. Gosto de pensar que contribuímos positivamente para isso.  


6. Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pela Letramento em sua trajetória? E quais foram os momentos que foram marcantes ao ponto de fazer valer a pena investir no mercado editorial?

Quando não se tem muito dinheiro pra abrir uma empresa você vira o exército de um homem só e jogar nas onze é bem complicado. Aí vem o problema crônico da distribuição. Depois, quando isso tá resolvido, vem a recuperação judicial das livrarias. Tem muitos momentos legais, que fazem valer a pena. 

Não posso falar de livros específicos, porque seria injusto com meus autores, mas tem uma história que me emociona muito... Eu sou um pouco apaixonado com o Atlético Mineiro, e a gente já fez alguns livros sobre o Galo, biografia de jogador e tudo mais. Eu tenho algumas referências no mercado, pessoas que eu admiro bastante, e uma delas é Jiro Takahashi. 

Ele pegou o livro sobre o Atlético que fizemos e disse que era um dos livros mais bem feitos que ele tinha visto. Só não chorei por vergonha (risos). Anos depois, ele me recomendou pra um prêmio que eu acabei ganhando. Coisas assim fazem valer a pena.

7. Qual foi o primeiro livro publicado pela Letramento e pela Casa do Direito?

365 mentiras, Gabriel Pimenta 

8. Por fim, quais são as próximas publicações da Letramento? O que vocês tem planejado para daqui para frente?

Poxa, vem muita coisa legal por aí:
- Ainda esse ano, vem novos autores pela Temporada de Originais. Que é um superorgulho pra gente.
- Saí uma grande aposta nossa que é o Cercado de Idiotas, em coedição com a Intrínseca que é uma das editoras que eu mais admiro.
- Mais 6 livros da nossa Coleção de Direito Tributário e Financeiro, que já é reconhecida como a melhor do pais.
- Um superlivro do Marcelo Hugo da Rocha, sobre como sobreviver a faculdade de direito.
- Vamos publicar um livro baseado em um roteiro de um filme nacional que vai dar o que falar.

Curtiu conhecer um pouco mais sobre a nossa trajetória? Comenta aqui embaixo o que você achou da entrevista <3 E não deixa de conferir nosso site! O catálogo esta todo com 25% de desconto até o fim do dia de hoje (31/08). 

You Might Also Like

0 comentários