Entrevista: Gustavo Abreu
agosto 31, 2020Esse mês de agosto completamos 7 anos de existência. 7 anos de dedicação trabalhando com o que mais amamos: histórias <3
Em 2009 eu trabalhava em um dos principais jornais de Belo Horizonte, era da equipe que cuidava da circulação do jornal mais circulado da América Latina no interior do estado. Um cliente antigo da primeira editora me convidou pra um projeto que envolvia a criação de uma nova editora e mais 100 microlivrarias dentro de polos educacionais no Brasil todo.
Saí do jornal e implantamos 60 livrarias. Em meados de 2010, comecei a dividir meu tempo entre esse projeto e um novo, que envolvia campanhas eleitorais (infelizmente por um contrato de sigilo não posso dizer quais), logo após as campanhas, continuei trabalhando no mesmo escritório de estratégias.
Trabalhei de domingo a domingo de 7h às 23h45 durante um ano e meio. Quando não dava mais pra conciliar as duas coisas e a saúde cobrou, fui convidado a me tornar sócio dessa editora, que tinha acabado de ser comprada por um grupo educacional. Infelizmente, não era o negocio deles e a diluíram ela em 6 meses.
Passamos de Março a junho batendo cabeça com as questões burocráticas, nesse meio tempo, vimos que uma editora infantil não era o negócio ideal e sim uma editora mais plural.
Um dos primeiros livros da Letramento, era um livro jurídico, mas ainda dentro do selo Letramento. E eu vinha de editoras jurídicas. Então, fiz um curso de especialização em edições jurídicas e resolvemos montar o selo Casa do Direito.
4. Como a Letramento procura se diferenciar das outras Editoras?
Nós não temos medo de publicar temas espinhosos. Procuramos fazer a diferença publicando livros de diversos temas que possam tirar nossos leitores de sua zona de conforto, seja qual for. Nosso propósito é usar a literatura como ferramenta de transformação, conhecimento e mudança.
5. Em seus 7 anos de história, o que você acha que a Letramento já deixou de legado?
A Letramento nasceu com o sonho de lançar novos autores e publicar histórias que transformam. Nesses 7 anos publicamos mais de 500 livros, sendo grande parte deles de autores nacionais que surgiram em nossa Temporada de Originais.
Acredito que nosso legado tenha sido o de dar luz a novas histórias e trazendo temas muitas vezes esquecidos pelo restante do mercado, mas latentes entre os leitores. Existem coisas que precisam ser escritas e assuntos que precisam ser debatidos. Gosto de pensar que contribuímos positivamente para isso.
6. Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pela Letramento em sua trajetória? E quais foram os momentos que foram marcantes ao ponto de fazer valer a pena investir no mercado editorial?
Quando não se tem muito dinheiro pra abrir uma empresa você vira o exército de um homem só e jogar nas onze é bem complicado. Aí vem o problema crônico da distribuição. Depois, quando isso tá resolvido, vem a recuperação judicial das livrarias. Tem muitos momentos legais, que fazem valer a pena.
Não posso falar de livros específicos, porque seria injusto com meus autores, mas tem uma história que me emociona muito... Eu sou um pouco apaixonado com o Atlético Mineiro, e a gente já fez alguns livros sobre o Galo, biografia de jogador e tudo mais. Eu tenho algumas referências no mercado, pessoas que eu admiro bastante, e uma delas é Jiro Takahashi.
Ele pegou o livro sobre o Atlético que fizemos e disse que era um dos livros mais bem feitos que ele tinha visto. Só não chorei por vergonha (risos). Anos depois, ele me recomendou pra um prêmio que eu acabei ganhando. Coisas assim fazem valer a pena.
7. Qual foi o primeiro livro publicado pela Letramento e pela Casa do Direito?
8. Por fim, quais são as próximas publicações da Letramento? O que vocês tem planejado para daqui para frente?
Curtiu conhecer um pouco mais sobre a nossa trajetória? Comenta aqui embaixo o que você achou da entrevista <3 E não deixa de conferir nosso site! O catálogo esta todo com 25% de desconto até o fim do dia de hoje (31/08).
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